O pensador

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Macarrão com banana

Os pensamentos não me abandonaram. Nem eu não abandonei vocês.

Só não consigo transformá-los em informação, e menos ainda de forma digital. Logo eu, tão internético, cibernético, distante. Garoto eternamente digital. 21st century digital boy ♪

E quero ir pra longe disso. Um tempo no mato, mas não qualquer mato. Tem um tipo de mato diferente. Um mato com sombra. E água fresca. Sem insetos, por favor. Meu sangue é bom. Sou O. Negativo.

Mas isso é pra depois.

Agora eu tenho 3 anos e meio pra serem decididos em 2 semanas. Ou não.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A ausência está presente

O pó significa muitas coisas, muitas mais do que os simples resíduos que são de fato. 


"Os acontecimentos me enfadam, porque os acontecimentos são a espuma das coisas, e o que me interessa é o mar"
Paul Valéry

O pó, e o mar, significam muito mais que suas respectivas definições no Aurélio. E nessa exploração sem mapa, sem chance de localização por google earth, eu me perco, ando em círculos, paro e sento. Então alguém joga uma corda, e me puxa de volta pra onde eu saí. Mas de saídas eu estou cheio. O que me escapam são as chegadas.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu constantemente me pego pensando na razão das coisas. Por exemplo, por que escrevo? Por que alimento o blog ao invés de apenas manter meus registros num caderninho de couro preto que também guardo pra esse fim?


Pensando um pouco, consigo respostas ambíguas. Ou talvez complementares?

Se, por um lado, eu não escrevo pra ninguém, se não pra mim mesmo, eu quero sim ser lido. Da mesma forma como alguém que faz uma pintura, a prefira fazer num muro. As chances da "mensagem" ter um destinatário são maiores.

Nâo é só uma questão de querer fazer, ao menos não mais. É um querer verem fazer. E logo, uma massagem no ego, que ninguém é de ferro.

domingo, 14 de setembro de 2008

Oh capitão, meu capitão!


Sua posição pressupõe que saiba mais que eu, e é provável que seja verdade. É provável que esteja mais certo que eu.

O mundo é feito de probabilidades. Na verdade, mais de improbabilidades. Mas não de impossibilidades. É o  improvável, quase impossíve que me chama atenção, pela sua fragilidade e impopularidade.

É por isso que quando me aponta a direção, eu prefira argumentar. Não se sinta ofendido se eu preferir abandonar a nau e pegar um yellow submarine na contramão.

Nada pessoal, mas se você não me convencer, quer dizer que você não sabe tanto quanto eu.

Com todo respeito, até mais,
Oh capitão, meu capitão!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Tentarei ser o mais sintético possível.

Enquanto sonho com Raul Seixas, batalhas entre seres sobrenaturais e livros de auto-ajuda, minha realidade é que se torna dormente. É uma releitura de uma frase que ouvia quando menino: "Tá parecendo um vampiro, dormindo de dia e acordado a noite!". Mas há um engano muito grave aí.. adoro pizza de alho.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

o que pode nascer desse espaço em branco?
todo o potencial do mundo para o sucesso e o fracasso
um espaço em branco é um recém-nascido
pra uma vida medíocre, fadado

generalizar é errado
é o que dizem
e o que dizer da sociedade?

de quem falaremos mal agora?
não fale demais
vc pode morder a língua

sua peçonha pode te ser fatal

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Como pode dizer que sou o mesmo
se eu sou diferente todos os dias desde que nasci?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Notas de Trânsito

Abençoados sejam todos os pesadelos,
que no fundo nos dizem tudo o que queremos
Nos mostrando como sofrer
nos ensinam como não o fazer

sonho bom é pra padeiro! e pro Paul!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

então... e agora?

Leio pra matar o tempo. É meu hobby. Quando não tenho outro objeto de distração. Até gostaria de me distrair com outras pessoas, mas poucas delas acrescentam algo novo.

Muitas pessoas me perguntam o que espero no curso de Letras, e eu não sei bem o que responder, mas acho q é exatamente isso: novos pontos de vista. É por isso que a área que me interessa é literatura, pelo menos no momento.

Acho que cada coisa nova preenche um espaço vazio dentro de mim. Tenho cá comigo que nunca serei completo, mas nunca ninguém vai me impedir de tentar ser. É como muitas pessoas dizem, "você não pode dormir com todas as pessoas do mundo, mas você pode tentar".

O que penso é que cada pessoa, quando nasce, é uma aldeia. Cada nova perspectiva é uma residência a mais, com pessoas a mais, histórias a mais. O crescimento traz coisas boas e ruins, já que elas geralmente caminham de mãos dadas.

Não é irônico, alguém que odeia a capital paulista, querer ser como São Paulo?

terça-feira, 29 de julho de 2008

Wikipedialess

A língua mãe é aquela onde melhor compomos nossas obras. Como explicar então essas palavras em inglês?

Sou um renegado linguístico.

Sai fora, língua mãe, me deixa em paz!
Já saí debaixo da tua saia. Estou além das tuas asas.

Não se trata de querer mais. Isso seria egoísmo.
Se trata de querer outro depois que se tem um, e isso eu não sei que nome tem.

Dust to dust.
"Oh, oh, oh your city lies in dust, my friend"

Um enígma da à altura do de Kaspar Hauser

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Mach 5

I do
Do you do to?
One, two
Does other numbers matters too?

I know
I won
guess I'm number one

but you know what?
I can not lie
two, you're my number one

this ain't a race
there's no last place
but I just can't hang on

i can not stand
i can not wait
I always want first places

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Eu adoro o frio porque nele o calor é mais gostoso.

"Padres que comem criancinhas são comunistas?"

"Mas essa Eurocopa está de lamber os beiços. Vocês viram Espanha x Itália? Um jogão. Portugal e Alemanha? Jogão. França e Holanda? Jogão. Turquia e Croácia? Jogão. Holanda e Rússia? Jogaço! O melhor de todos para mim. A velocidade era tanta que parecia que eu estava vendo um jogo de Winning Eleven."

quinta-feira, 19 de junho de 2008

mais uma vez não consigo cumprir com o que eu deveria. expresso com a boca um barulho que significa insatisfação, e penso em outra coisa. me lembro então da pessoa com a mãe e cunhada moribundas, que vi desabar em choro sem poder ajudar, a não ser dizer que seu choro é inútil e que não mudará nada. alguns músculos do meu rosto se flexionam meio que de forma abstrata e me preocupo com outra coisa. vou ler. uma análise, um auto-retrato. penso em meu retrato. também não quero pensar em mim. penso na semana então. numa visita. e a visita tem um dilema envolvento um coração partido. não quero pensar em corações partidos. tenho medo. ligo a tv, num dos meus programas favoritos, por acaso. puxa, uma coisa bacana. me empolgo. e aparece uma referência à infância. e então me lembro de um artigo dizendo que a melancolia é gerada pela sociedade atual, relacionando luto a melancolia.

algumas vezes todos os caminhos levam a roma.

-...?

-desculpa, repete do começo que eu me distraí um pouco.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

se lembra quando eramos jovens
tudo ficaria tão bem
íamos saber de tudo
não precisariamos de ninguém

assim como as regras
os planos só têm um intuito
de não acontecerem como no papel
nem conseguirem ser cumpridos

moldo a matéria ao meu redor
o que sou é fruto de improviso
não planejei nada disso
mas acho q fiz o melhor

huhuhuhum
huhuhuhum

terça-feira, 10 de junho de 2008

dúvida do dia: se vc não consegue encontra a resposta pra uma pergunta, vale pedir ajuda pra são longuinho?

dúvida dois: se zoofilo faz sexo com animais, o que faz um cinéfilo?

dúvida três: se o prefixo "im" pressupõe negação, porque é que inflamável quer dizer que pega fogo?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

não é aconselhável esperar
alguém
que só conheça o sol
diga coisas sobre a lua
lábios rachados não dizem coisas bonitas

sábado, 31 de maio de 2008

Fábula Matutina

cafeína heroína
agindo sobre as células nervosas
cafeterias cafetinas
prostituindo grãos a quem pagar

quem pode nos salvar dos cafés, coca-colas e energéticos?

Hoje a moça que faz café não veio. Aliás, não devia ter vindo também. O copo com restos de café e açúcar, encrostados no fundo, me encara firmemente. Eu finjo que não noto. Finjo que não é comigo, na esperança de que ele acredite assim também e me deixe em paz.

Mas uma mudança nos planos, resolvo encara-lo também. Um fundo de copo cor de mogno e um par de olhos verdes sem brilho.

-Você me quer.
-Eu não preciso de você.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quer uma metade da laranja?

Quem se contenta com um bom bom?
Uma garfada do bolo de aniversário?
Um pedacinho de musse?

Se gastronomicamente sempre queremos mais, como seria diferente em outros aspectos da vida?

E isso é o mais frustrante das bands de um sucesso, você sempre espera um bis que nunca vem.

Querer demais é frustrante, mas e querer de menos?

Viver sem pretensões. Seria uma vida mais contente.

Mas e se:
a) Graham Bell se contentasse em se comunicar por cartas
b) Santos Dumont achasse que andar de carro já tava legal?
c) não tem opção c
e por aí...

Me pego pensando que ter grandes sonhos é um passo pra trás pra um homem, mas um grande passo para a humanidade, sem trocadilhos sobre o escritor ser lunático, por favor.

Parafraseando as frases de whisky, "keep walking". Dê passos pra um homem ou pra humanidade. So não fique parado.

domingo, 25 de maio de 2008

Casos

não há como contar com o acaso
cada caso, novo caso
caso ao acaso no ocaso
se concorda com o caso, casa
amando ao acaso, casará?
no nosso caso, o que será?
casará?
partirá?
o acaso dirá

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O chato de se estar em constante movimento, ainda que parado, é a dificuldade em manter uma sintonia. Um rádio am/fm, que capta emissões piratas mas é planejado pra tocar uma lista mp3.

A cada passo na direção do futuro repercutem não só músicas diferentes, mas estilos, frequências, propagandas, públicos alvos, misturados a conversas de walk-talkies, frequências usadas nas comunicações de aviões, maydays.

Uma linha cruzada de raciocínios, sem previsão de meta, a não ser pra frente (pq pra trás não dá mais).

Garoto propaganda da DDA sem copyright.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Como dizer o que não se diz

i di repente o amor tem mil faces
i eu achu qui já vi todas
i achu qui todu mundo acha também

dessa forma
achu qui todus já sabem di tudu
i as palavras são dispensáveis

não há necessidade di si definir
o qui todu mundo senti

sábado, 17 de maio de 2008

Tempo

Faz tanto tempo que eu não tenho tempo livre que eu não lembro o que eu fazia quando eu tinha.

É engraçado, porque também nao quero escrever nada!
Assim como não quero dormir.

Me sinto incomodado como uma ferida aberta que foi sobreposta por algodão. É irritante e aconchegante. E quando for sair dessa situação, a casquinha vai doer pra cacete.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Ensinamentos

Sabe que durante as minhas provas eu tava fazendo um levantamento do que eu aprendi no ensino médio, pq óbviamente não foi literatura, uma vez que eu tava na prova dessa matéria e pensando na vida.

Concluí que trouxe dessa época apenas duas aprendizagens: o endereço do google e o comando ctrl v

E só!

terça-feira, 13 de maio de 2008

não cristão - não foi batizado ainda

o sol raia pra mim lá pelas 7
e meia
instantânea tal qual achocolatado em pó
é a colisão entre meu senso prático e romântico
dentre tantas outros encontros
e desencontros

um par de olhos brilhantes
e uma mecha de cabelos tingidos
maquiagem
e um charme

e mesmo em verso livre
não cabe tanto anseio por liberdade

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Última Hora

Nada diz mais a respeito do pretérito imperfeito que a última hora antes de um compromisso para o qual não estamos preparados.

5 horas e 46 minutos para a prova e contando.

Ainda há tempo.

domingo, 11 de maio de 2008

predificil

"...and I told you from the start, just how this will end..."

está decidido desde o começo, no nome e no título, que esse blog vai terminar empoeirado, inabitado, não frequentado, não comentado, desleixado, encostado, inalterado, inanimado e abandonado.

é fato!

o que está em aberto é apenas o que faremos até lá.

sábado, 10 de maio de 2008

Prefácio

Cansei de introduções!

Cansei de ter que dar motivo pros começos! Danem-se os começos! As formas pre-concebidas de começo/meio/fim! Essa ordem que não serve pra segurança de ninguém!

Dane-se a métrica! Os moldes! As cópias!

Mas... destruindo isso.. o que sobra?