O pensador

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu constantemente me pego pensando na razão das coisas. Por exemplo, por que escrevo? Por que alimento o blog ao invés de apenas manter meus registros num caderninho de couro preto que também guardo pra esse fim?


Pensando um pouco, consigo respostas ambíguas. Ou talvez complementares?

Se, por um lado, eu não escrevo pra ninguém, se não pra mim mesmo, eu quero sim ser lido. Da mesma forma como alguém que faz uma pintura, a prefira fazer num muro. As chances da "mensagem" ter um destinatário são maiores.

Nâo é só uma questão de querer fazer, ao menos não mais. É um querer verem fazer. E logo, uma massagem no ego, que ninguém é de ferro.

3 reclamações:

Amanda P.L. disse...

Nossa, eu já pensei sobre isso diversas vezes...

Quando eu tinha o meu fotolog, eu me sentia bem com essa "ambigüidade"...porque ao mesmo tempo que eu escrevia como uma forma de registrar "pra mim mesma" os momentos e refletir sobre o que se passava pela minha cabeça, eu sempre quis atingir alguém com os meus textos, por mais bobos que fossem...e a graça disso é poder compartilhar as vivências diante de diferentes pontos de vista...

O único problema é que durante uma época eu levei isso tão a sério, que passei a usar blog/fotolog como uma forma de extravazar meus demônios...tudo bem, desabafar é humano, mas pra tudo existe um limite...eu me expus tanto em algumas situações que isso até gerou um arrependimento posterior...

Gosto de ser transparente, mas acho que depois dessa época aprendi a escrever de uma forma mais "velada", nas entrelinhas...e algumas coisas realmente devem ficar guardadas só pra gente...

Ainda quero voltar a escrever, mas acho que só em blog...o fotolog é exposto demais...nunca tive muito essa frescura de querer ter coisas secretas, mas já me ferrei por querer ser uma "garota de vidro" o tempo inteiro e acho que devo me preservar mais daqui pra frente.

Beijão =*

Pssora disse...

Eu adoro quem se questiona constantemente!

Ligia Carrasco disse...

Eu gosto quando gostam do que eu escrevo. E sabe, o fato é que a gente se encontra mais no dizer alheio que no nosso próprio. Bom é que escrevamos, me acho nas tuas palavras, se achas nas minhas e isso traz um conforto. E traz também a vontade de continuar escrevendo-agradando e todo um ciclo e blá-blá-blá, sabe?!